Migração Médica no Brasil: Tendências e Motivações (Migramed I)

Foto: Radilson Carlos Gomes

Aniara Correa Nascimento
José Cássio de Moraes
Paulo Henrique D’Ângelo Seixas

O Observatório de Recursos Humanos em Saúde de São Paulo – Estação ObservaRHSP, por meio de um, dos seus três eixos de investigação, “Formação e Mercado de Trabalho”, tem como objetivo pesquisar a dinâmica estabelecida entre a formação de profissionais na área da saúde e o mercado de trabalho. Neste momento, este eixo de investigação direciona-se ao estudo da movimentação espacial dos médicos no Brasil, considerando este tipo de análise como um dos predisponentes ao exercício de planejamento de especialistas para o sistema de saúde.

Uma descrição inicial da distribuição dos médicos no Brasil, baseada em dados do Conselho Federal de Medicina, aponta para uma proporção de habitantes por médico de 1.427 na Região Norte, 1.081 na Região Nordeste, 683 na Região Centro-oeste, 620 na Região Sul e, por fim, 509 na Região Sudeste. Tais indicadores mostram uma distribuição desigual de médicos, quando considerada a extensão territorial do país, alçando a hipótese desta má distribuição estar contribuindo para a iniqüidade no acesso da população à assistência médica.

Alguns dados levantados pela EUROSTAT – the Statistical Office of the European Communities- and the World Health Organization’s Regional Office for Europe, divulgados em publicação espanhola da Fundación CESM, revelaram que, em 2004, os países da Comunidade Européia apresentavam relação médicos para cada 100.000 habitantes que variava aproximadamente entre 450 na Grécia e 200 no Reino Unido, com média próxima ao valor de 300. Considerando a população de 2005 segundo o IBGE, e a quantidade de médicos ativos segundo a base de dados do CFM, aqui no Brasil esta relação é quase a metade – 149 médicos para cada 100.000 habitantes.

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