Discrete choice experiment: estudo de preferência declarada sobre atributos relevantes para a fixação de médicos no estado de Minas Gerais

 

Alice Werneck Massote
Ana Cristina van Stralen
Cristiana Leite Carvalho
Flávio Paiva Loureiro
Jackson Freire Araújo
Joice Carvalho Rodrigues
Lucas Wan Der Maas
Sabado Nicolau Girardi
Luis Henrique Silva Ferreira
Luisa Gonçalves Girardi

Este documento tem por objetivo apresentar os resultados do “Discrete Choice Experiment” (DCE), atividade integrante da Ação 2 – “Identificação de desequilíbrios e iniquidades no acesso e distribuição de recursos humanos em saúde” – do Plano Diretor para o Biênio Julho de 2010 – Junho 2012, da Estação de Pesquisa de Sinais de Mercado (EPSM)/NESCON/UFMG, que tem como um dos seus objetivos “realizar um estudo preliminar de Discrete Choice Experiment sobre atração e retenção de médicos, enfermeiros e dentistas em municípios com escassez destes profissionais.”

Os experimentos de escolha discreta, ou Discrete Choice Experiment (DCE), são uma técnica quantitativa para eleger entre preferências declaradas. Eles permitem descobrir como indivíduos dão valor a determinados atributos de um produto, bem ou serviço quando perguntados no sentido de escolher entre diferentes alternativas hipotéticas.

No campo do planejamento e gestão do trabalho em saúde, o método pode ser usado para avaliar preferências dos profissionais sobre diferentes tipos de “empregos” ou posições de trabalho, consideradas em conjunto as diversas combinações de atributos do posto de trabalho, a exemplo da localidade do exercício, remuneração, carga efetiva de trabalho, entre outros. Nesse sentido, o DCE fornece informação sobre como os indivíduos estão dispostos a “trocar” um atributo da ocupação pelo outro, possibilitando quantificar o quanto de um incentivo particular (e.g. bônus nas remunerações, subsídios de moradia) é necessário para fazer com que um profissional da saúde aceite trabalhar em uma área de escassez. Essa informação é extremamente útil para o planejamento e a gestão dos recursos humanos em saúde, pois combinando a importância de um atributo da ocupação particular com o seu respectivo custo obtém-se um quadro do custobenefício de políticas de planejamento específicas.

Os DCEs têm sido aplicados, em países desenvolvidos, para uma faixa de decisões em relação à políticas de saúde, planejamento e alocação de recursos. São raros, embora em crescente número, estudos desse tipo em países menos desenvolvidos e mais pobres.

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